sábado, 31 de outubro de 2009

Jardim Botânico

Esta manhã, fomos de biblicleta ao Jardim Botânico.

O Jardim Botânico fica na encosta da Black Mountain, e é vizinho do Campus da ANU e do Lago Burley Griffin. É um repositório da flora e vegetação australiana, na sua enorme diversidade, desde as áreas mais áridas e secas (centro desertico), até às florestas das chuvas (costa sudeste, onde nos encontramos) e às florestas tropicais (norte da Austrália)

Aqui ficam algumas das (muitas) imagens que colhemos.








sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Um Possum vivo!

Agora mesmo, a uns metros da nossa porta, um Brush-tail Possum!



Tidbinbilla

A Reserva Natural de Tindbinbilla foi totalmente consumida pelo fogo em 2003. Volvidos 6 anos, e sendo ainda bem visiveis as marcas da tragédia, a área está a recuperar. Ajuda a vegetação adaptada ao fogo - que rebrotou - e o enorme esforço de gestão no terreno.

Este território inclui-se nos designados Alpes Australianos, uma cordilheira que se estende desde a proximidade de Canberra até umas centenas de quilómetors para Sul. A sua cobertura natural é constituida sobretudo por florestas de eucaliptos, conjuntos de muitas espécies em associação. Também se observam acácias, no sub-bosque, e fetos arbóreos nas zonas mais húmidas. A Reserva conta ainda com matas de árvores-erva e largas pastagens, onde habitam os Eastern Grey Kangoroos . Num dos pequenos rios foram construidos pequenos açudes, formando lagos, e aí se encontram muitas aves aquáticas (incluindo pelicanos) e uma das maiores concentrações de ornitorrincos de toda a Austrália.

A gestão é muito relevante. Áreas vedadas para impedir o incremento de certas espécies mais vulneráveis a predadores (a raposa, uma espécie trazida pelos ingleses), plantações de algumas espécies florestais nativas mesmo no meio da floresta que parece estar a recuperar sózinha, fornecimento de alimento para certas espécies de marsupiais mais selectivos, a criação de pontos de água, tudo isso é bem visivel. E uma fantástica rede de caminhos, todos reabertos depois do fogo, e um centro de interpretação com excelentes condições para descansar e aprender.

Apesar de a manhã ter estado cinzenta e ter chovido, foi um dia em cheio em termos de habitats e espécies selvagens. Falhámos o ornitorrinco (http://epedia.pbworks.com/f/Platypus%203.jpg) e a ave lira (http://www.achetudoeregiao.com.br/ANIMAIS/gif_animal/ave_lira.jpg), mas ficámos muito acima das nossas expectativas.

Quando, no meio da floresta, se vêem quatro espécies de marsupiais, incluindo um koala e um casal de Long-nose Potoroos (que não conseguimos fotografar, vejam como são em http://www.peacockshock.com/archives/potoroos-thumb.jpg), o que mais se pode pedir?

Ainda sem saber o que seria, ouvimos duas vezes um som forte e muito expressivo, que agora confirmamos ser o dos machos de koala, na época do acasalamento (https://www.savethekoala.com/sounds/koalagrunt.wav). Que dia!






quinta-feira, 29 de outubro de 2009

A saúde do meu avô

Nos últimos dias, chegaram-me notícias muito preocupantes sobre o estado de saúde do meu avô. É um homem que nasceu em 1914. Apesar de nunca ter sido doente, acusava há algum tempo o inevitável passar dos anos. Mas quando parti para a Austrália, deixei-o relativamente bem. Porque ele está a sofrer, não me tem apetecido escrever nada no blog.
Hoje, já estava programado, o Xico e eu fomos à Reserva Natural de Tidbinbilla, a 40 km de Canberra. Foi uma área devastada num incêndio em 2003, o mesmo que afectou dezenas de milhar de quilómetros quadrados de New South Wales e de Canberra National Territory. Vimos que renasceu. Foi um passeio fantástico.
Mas todo o dia, entre florestas, lagos, cangurus e outras biodiversidades, pensei constantemente no meu avô, e desejei que se safasse de mais esta.
Ficam para amanhã as imagens de Tidbinbilla.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Ambiente sonoro

Mais um dia no Campus da ANU, entre as gralhas (de manhã cedo)

e a gaita (ao fim da tarde).

Um relógio de chocolate

O Xico acordou com a ideia de mostrar ao Mundo o seu relógio de chocolate, aquele que foi comprado no avião entre Sidney e Singapura, e que é a sua prenda de aniversário dos pais.

Aqui fica.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

A maldição dos mamalogistas

Nem de cabeça para baixo ultrapassamos a maldição dos mamalogistas! Os inventários de mamíferos fazem-se sobretudo com vestigíos indirectos e animais mortos à beira da estrada! A 50 metros da nossa casa, em plena Liversidge Street, quando me dirigia para a biblioteca, encontrei um Common Brushtail Possum.

Há dias que víamos uns excrementos estranhos no patamar da entrada e já suspeitávamos que estes bichos andassem por aqui.

Preferíamos tê-lo fotografado nas árvores e mostrado assim, tal como está este que retirámos da internet.

domingo, 25 de outubro de 2009

Treino de harmónica

Chove e faz frio. O Xico faz o seu treino diário de harmónica.

Terceiro inventário ornitológico

Já é longa a lista de espécies de aves que temos conseguido observar. Aqui ficam mais 7, que se deixaram fotografar nas imediações do lago.


Darter, uma estranha espécie de corvo marinho

Eurasian Coot, um galeirão nosso conhecido


Masked Lapwing, directamente do teatro japonês!


White-faced Heron

Little Pied Cormorant

Australian White Ibis



Red-rumped Parrot

Domingo à tarde, no Museu

Por ser Domingo, o Campus está ainda mais sossegado. Não se vê vivalma. Só as grandes aves barulhentas continuam a frequentar as árvores e as relvas que se avistam da nossa grande janela da sala. Esta manhã, o céu cinzento ameaçava aguaceiros. Até ao almoço, ficamos em casa, a trabalhar. À tarde, partimos de bicicleta para o National Museum of Australia, a 5 minutos do apartamento.
O edifício é uma grande obra de arquitectura de vanguarda, datada de 2001. Ergue-se na extremidade da Peninsula de Acton, mesmo na margem do Lago. A sua silhueta compacta, de linhas ora rectas ora arredondadas, destaca-se na paisagem pelos materiais espelhados e as pinturas coloridas. É muito original.



No interior, depois de um filmezinho de apresentação, vimos demoradamente a primeira de 4 exposições, “Old New Land: our place, story place”: uma breve passagem pela história do território, a sua fauna, a sua flora e as actividades humanas que modelaram a paisagem actual (por exemplo, as introduções de espécies exóticas, o fogo, e o pastoreio).


No final, tomámos chá e comemos bolo de chocolate na cafetaria. E comprámos um chapéu-de-chuva de desdobrar (todo aos cangurus ;-)), pois iriamos precisar: na rua chovia bastante.

Com a nossa sorte de principiantes, fizemos o trajecto de regresso numa curtíssima aberta.

Um dia destes, voltaremos ao Museu para ver as exposições sobre os primeiros australianos e sobre a construção da Australia enquanto nação.