Porque vamos e onde vamos

Através de um projecto de partilha de conhecimentos e experiências sobre florestas e alterações climáticas entre investigadores europeus e australianos e neo-zelandeses, o Xico foi indicado para passar um mês em Camberra (Austrália) e duas semanas em Christchurch (Nova Zelândia). Ele trabalhará junto de centros de investigação, recebendo e devolvendo saberes sobre recuperação de áreas ardidas. Eu, nesta minha nova vida de investigadora, transportarei comigo tudo o que preciso para continuar os projectos entre mãos. E por esse lado nada será prejudicado, até pelo contrário, pois o ambiente pacato destes lugares a sul só poderá trazer-me mais disponibilidade.
Estamos entusiasmados? Claro que sim! Mas não temos tido tempo para pensar em detalhes. Só a logística do trabalho do Xico e do alojamento foram plenamente garantidas.
Faltam-nos apenas 3 dias e ainda não começámos a arranjar nada do que vamos levar, confiantes nalguma experiência de viagens e nos lugares civilizados onde iremos assentar.Ao contrário, o nervosismo já atrapalha um pouco a realização daquilo que temos que deixar despachado. São tarefas profissionais – o Xico dá aulas em regime intensivo para compensar as semanas que estará ausente; eu divido-me entre uma apresentação, uma revisão de provas, pesquisas e contactos – e tarefas da logística familiar.